Sabe quando volta e meia algo vem a sua mente? Pode ser uma música, um texto, uma frase, um ideia... Às vezes fica martelando, outras é apenas um lampejo, algo que se não estivermos atentos provavelmente passará "batido".
Então, o que quero compartilhar hoje com vocês é um poema que ouvi de uma professora querida durante um dos seus cursos e que nos últimos tempos tem voltado pra mim como um flash, uma lembrança.
Me encanta a simplicidade da sua forma e a riqueza das reflexões que me arrebatam sempre que eu o releio.
“Autobiografia em Cinco Capítulos”
1. Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu caio… Estou perdido… sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída.
2. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair. 3. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele ali está
Ainda assim caio… é um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou. É minha culpa. Saio imediatamente. 4. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Dou a volta. 5. Ando por outra rua.
Texto do O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche
A primeira vez que eu ouvi, deve ter sido há 5 ou 6 anos atrás e até hoje acho simplesmente genial. Nesse primeiro momento, fiquei muito emocionada e tocada, desejosa em ser a próxima a andar por outra rua, caminhar por outros lados, menos sombrios e desgastantes. Infelizmente, a ficha não caiu por completo durante esse curso, eu pouco sabia sobre auto responsabilidade e estava procurando fora uma maneira de conseguir sair desse buraco o mais rápido possível.
Muitos buracos depois, finalmente comecei a caminhar por outras calçadas, acho que até mudei de bairro rsrs.
Consciência é a chave da mudança que tanto almejamos.
Se responsabilizar por aquilo que nos acontece, é crescer, é "adultecer"!
Talvez não seja nossa tarefa mais fácil, mas se queremos ser livres, me parece ser o caminho mais viável.
Me tornando consciente, eu me liberto!
Me liberto do medo de não ser capaz de cuidar de mim
Me liberto da insegurança que abala e cala a minha voz
Me liberto da condena da vítima
Me liberto das amarras invisíveis que insistem em me paralisar
Consciente crio asas e tendo asas não fico a mercê de nenhum buraco da estrada.
Que a cada dia nos tornemos mais conscientes, abrindo nossos olhos e verdadeiramente vendo as mudanças que se fazem necessárias em nós, mas sempre com muita compaixão e respeito por nós mesmos e nossos processos.
Com amor,
Maria
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Coisa mais linda 🥹🤍🤍🤍🌕✨
Ah, Maria....
Nem sei o que dizer