sinto, inundo, mas deixo escoar.
observo as dores vindo em ondas,
abro a porta e deixo a maré entrar.
nos piores dias, meu corpo afunda no
oceano de mim sem rumo,
desenhando uma imagem feia, sim.
assumo.
se afogar não é bonito
o corpo sem oxigênio fica roxo, aflito.
mas é no silêncio do mergulho,
nesse constante exercício de saltar e
conhecer o que é profundo
que eu relembro: ainda sei nadar.
então eu sinto. e sinto muito.
mas aprendo a deixar a maré vazar
permito que a água salgada escorra e
lave meu rosto,
até que meu corpo volte à superfície
mais disposto
e que meu peito, agora cheio de ar,
respire com a leveza legítima de quem
sabe se a(mar).
Ana Paula Gonçalves
✨
Me recordei de vocês... ❤
Que celebram a resiliência e a capacidade de se reconectar consigo mesmo em meio às adversidades.
Uma linda quarta-feira para todෆs nós!
❤
Que lindo 🤍
Uau! Que texto!
Belo e profundo🥹
Lindo Mayan!
Esse poema me lembrou uma frase da Ana Cláudia Quintana que diz "As lágrimas são feitas de água salgada, como o mar. Chorar a emoção é como tomar um banho de mar de dentro para fora".
💙