Parece papo de gente doida, mas dá pra conversar com as plantas.
Por uma sequência de "coincidências" e sincronicidades - que um dia comento aqui com vocês- tenho estudado telepatia com seres diversos. Acabei caindo na cultura druida de ecoespiritismo - que é muito boa, recomendo a todos darem pelo menos uma espiada.
Nos estudos druidas, eles dizem que cada ser tem uma consciência que deve ser reverenciada e respeitada, e que achar que a forma hominal é o suprassumo da Criação é arrogante demais. A consciência em estado hominal é tão perfeita e imperfeita quanto qualquer uma.
Tenho me aprofundado em estudos sobre a "pequena gente" também, mas isso é uma outra história. Nunca vi, mas tenho sido atraída para esse tipo de coisa.
Enfim.
Minha irmã "curiosamente" tem transformado nosso quintal em um pequeno oásis urbano com plantas diversas, e cuida de todas com muito zelo. Como estamos cientes de que nossa estadia nesta casa está chegando ao fim, todas as plantas ficam em vasos, até mesmo as árvores, pois a intenção é coloca-las no chão na nossa morada definitiva.
Em 2017 compramos uma planta chamada glicínia. No garden, ela estava pequena e ninguém sabia dizer qual seria a cor de suas flores.
Trouxemos - com muito custo, imaginem arrastar um vaso de quase 20kg em um ônibus - para casa, e aguardamos ansiosamente por sua floração.
Mas ela nunca floriu.
Minha mãe começou a ficar chateada com a planta - a gente é tudo brucutu, jovens, perdoem nossos vacilos- , e meio que a abandonou - só regava e protegia do sol. Minha irmã se dedica a ela com adubos, podas e tal.
Domingo passado, depois de algumas práticas que me deixaram bem tranquila, decidi tentar uma coisa: fiquei descalça e fui me sentar no meio deste oásis, no final da tarde. Respirei, fechei os olhos, coloquei minha mão na terra de um vaso com manjericão e me conectei ao jardim e suas consciências, mas sempre com aquele pé na incredulidade.
Mano do céu.
Primeiro, eu vi muito claramente a imagem de uma casa muito ao nosso gosto (luz do sol, batentes em madeira, montanhas ao redor, um céu de fim de tarde muito azul, um solzinho dourado batendo em uma parede branca.
Nesta hora já fiquei OPA!, porque eu realmente não estava pensando em nada daquilo.
E então, a imagem se transformou, e vi um galho de uma árvore com flores roxas. Esta árvore estava plantada no chão, ainda estava tímida em seu crescimento, tinha poucas flores, mas dava pra sentir a alegria dela! A mesma luz dourada da visão anterior batia em suas folhas, mas a alegria dela era uma coisa quase palpável.
Que planta era aquela?
Busquei no meu pouco registro botânico mental, mas a resposta veio rápido:
GLICÍNIA.
Era a nossa glicínia, pedindo para ser plantada no chão. E mostrando que sua floração seria roxa.
Eu nem estava sentada perto dela, e também não estava pensando nela, mas ela veio até mim mostrar o que queria.
Ela pediu para ser tratada com mais carinho também.
Os dez minutos que eu tinha reservado para esta prática terminaram com o toque agudo do despertador. Abri os olhos, agradeci e fui contar para a minha mãe.
Quem teria se comunicado comigo: a planta, ou outras consciências que moram naquele lugar?
Nem sei, mas foi uma experiência MUITO da hora, que quero repetir!
E se eu consegui, você também consegue, não tenha dúvida!
Conhecer outros seres, ouvi-los, é uma experiência sem comparações. É bom demais. E não é nenhum bicho de 7 cabeças: a simplicidade é a chave para tudo nessa vida.
Peço perdão à nossa glicínia, por todos estes anos de vacilo.
Higen
MÚSICA ⋆ ANÍRON, Enya ⋆ CLIQUE AQUI para ouvir no YouTube
Eu te amo Amanda 🤍 e amo Glicínia também 🤍🥹✨✨✨✨